Professores da rede pública decidem manter greve no DF

Paralisação começou na segunda-feira (2). Segundo Secretaria de Educação, das 713 escolas públicas, 242 aderiram ao movimento de forma integral. cldf Car...

Professores da rede pública decidem manter greve no DF
Professores da rede pública decidem manter greve no DF (Foto: Reprodução)

Paralisação começou na segunda-feira (2). Segundo Secretaria de Educação, das 713 escolas públicas, 242 aderiram ao movimento de forma integral. cldf Carinne Souza/g1 Professores da rede pública decidem manter a greve no Distrito Federal. Os profissionais da educação se reuniram com representantes da Casa Civil e da Secretaria de Educação, nesta quinta-feira (5), mas não houve acordo. A greve da categoria começou na segunda-feira (2). De acordo com a Secretaria de Educação, das 713 escolas públicas, 242 aderiram ao movimento de forma integral. ✅ Clique aqui para seguir o canal do g1 DF no WhatsApp. A reunião entre o GDF e o Sindicato dos Professores (Sinpro) era vista como um passo inicial do governo para negociar com a categoria, que reivindica reajuste salarial e reestruturação da carreira (veja mais abaixo). O encontro desta quinta ocorreu após o Sinpro-DF solicitar à Câmara Legislativa (CLDF) e ao Tribunal de Justiça uma intermediação junto ao GDF. Na quarta-feira (4), os servidores que aderiram à greve também se reuniram com parlamentares e com o presidente do Tribunal de Justiça do Distrito Federal (TJDFT), Waldir Leôncio Júnior, solicitando que os órgãos atuassem para estabelecer o espaço de negociação com GDF através de uma mesa de conciliação. A Justiça do Distrito Federal considerou a greve ilegal. A desembargadora Lucimeire Maria da Silva ainda impôs uma multa de R$ 1 milhão por dia ao sindicato. Além disso, o TJDFT autorizou o corte de ponto dos professores que aderirem à paralisação. Sinpro acionou STF contra decisão de desembargadora O Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) recorreu ao Supremo Tribunal Federal (STF) na quarta-feira (4) contra a decisão do Tribunal de Justiça do Distrito Federal e Territórios (TJDFT) que declarou a greve como "abusiva". A decisão da desembargadora Lucimeire Maria da Silva atinge diretamente o exercício do direito constitucional à greve", afirma o Sinpro. O sindicato pede ao STF que a decisão da magistrada seja suspensa e solicita ainda que a Suprema Corte "reconheça o descumprimento reiterado do GDF como causa direta da paralisação e afaste quaisquer sanções impostas ao movimento grevista". Conforme o governo, 66% das escolas públicas do DF funcionam parcialmente, com uma média de 15% a 20% dos profissionais paralisados. Greve dos professores da rede pública começa nesta segunda Professores pedem reestruturação da carreira e aumento salarial Entre as reivindicações dos professores está a reestruturação da carreira, com o objetivo de aumentar o salário base da categoria. Segundo o Sinpro-DF, a proposta é dobrar o vencimento-base. Os profissionais também pedem: A possibilidade de professores contratados temporariamente, quando efetivados, utilizarem o tempo de serviço para enquadramento nos padrões (etapas a serem cumpridas para obter aumento salarial); Ampliação do percentual de aumento a cada mudança do padrão; Valorização da progressão horizontal (especialização, mestrado e doutorado) a partir da ampliação dos percentuais de aumento salarial. Veja a proposta apresentada pelo GDF aos professores nesta quinta (5): Convocação de pelo menos 3 mil professores e professoras em dezembro/2025; Prorrogação do concurso realizado em 2022; Convocação de novo concurso público no segundo semestre; Construção do calendário de reestruturação da carreira, com mediação do Tribunal de Justiça do DF (TJDFT), e a participação das secretarias Casa Civil, de Educação e de Economia, com conclusão em até 90 dias. O que diz o Sinpro "Categoria rejeita proposta do GDF e decide manter a greve O Sindicato dos Professores no Distrito Federal (Sinpro-DF) informa que, após a apresentação de proposta por parte do Governo do Distrito Federal, a categoria em assembleia geral, realizada nesta quarta-feira (05/06), deliberou sobre os termos apresentados pelo GDF. A assembleia, de forma unânime, considerou a proposta insuficiente diante das reivindicações históricas da categoria e deliberou pela continuidade da greve iniciada no dia 2 de junho. A greve tem como pautas centrais a valorização profissional, a reestruturação da carreira e a recomposição salarial de 19,8%, percentual que representa parte das perdas inflacionárias acumuladas e um passo necessário rumo ao cumprimento da Meta 17 do Plano Distrital de Educação (PDE) — que estabelece que os salários do magistério devem estar, no mínimo, na média das demais carreiras de nível superior do GDF. A proposta apresentada pelo GDF, embora represente um recuo parcial do governo diante da força da mobilização, ainda está distante das necessidades reais da categoria e do cumprimento da legislação educacional em vigor. O Sinpro-DF reitera que a greve é um instrumento legítimo e necessário diante do desrespeito do GDF com os direitos da categoria, e reafirma o compromisso de seguir mobilizado até que o governo apresente uma proposta que represente efetivamente a valorização da Educação Pública no Distrito Federal." LEIA TAMBÉM FALSO FISIOTERAPEUTA: Homem é indiciado por morte de idoso em Taguatinga GRIPE AVIÁRIA: DF tem primeiro caso confirmado Leia outras notícias da região no g1 DF.